Alongamentos, proteínas e cuidados nos treinos contra lesões musculares
Especialistas dão as dicas para que os corredores não parem no estaleiro

- Para se precaver de uma lesão muscular, o corredor não deve exceder a capacidade fisiológica do músculo e precisa realizar um determinado exercício para o qual esteja apto. Cada atleta deve ter o seu treinamento individualizado. Alongamento, fortalecimento e ganho muscular também são fundamentais para essa prevenção – afirma o médico do esporte Marcos Henrique Ferreira, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBME).
Se o alongamento deve ser feito antes ou depois do exercício ainda é um ponto controverso. Segundo Marcos, a musculatura deve estar alongada antes da atividade, mas os movimentos devem ser leves, apenas para elevar a temperatura corporal e fazer com que o músculo não esteja contraído na hora da corrida. Depois é que devem ser feitos os alongamentos mais intensos para que não haja uma contratura muscular.
Categorias de lesões musculares
Segundo o médico, as lesões são divididas em três categorias: leve, moderada e grave. Na primeira delas, a função do músculo não é muito afetada, e o indivíduo pode levar até 10 dias para se recuperar. Já na moderada existe a formação de um hematoma e o comprometimento parcial da região. Nesta situação, o tempo de tratamento gira em torno de três a quatro semanas. No caso de maior gravidade, a região é bastante afetada, e a recuperação pode chegar a dez semanas.

- Didaticamente falando, as lesões musculares podem ser divididas em funcionais, como as cãibras, por exemplo, e as anatômicas, como as contusões, que sofrem uma ação do exterior ou um trauma direto no músculo, formando assim um edema. Entre as anatômicas, há também as rupturas musculares, que ocorrem geralmente sem que ocorra uma pancada. Por exemplo, quando o atleta interrompe bruscamente o movimento, causando a contração muscular excêntrica – acrescenta Marcos.

- Como os aminoácidos fazem a regeneração celular, alimentos como carne, frango, queijo, leite são fontes protéicas que ajudam na prevenção de lesões. O Whey Protein, por exemplo, é um bom complemento, mas não deve substituir o alimento. O ideal é ingerir 25 gramas desse produto até duas horas após a atividade física, quando o corpo vai absorver melhor. Além disso, o Whey Protein é bom, porque tem baixo valor calórico, cerca de 100 calorias.
Apesar de ser importante, a ingestão de proteínas deve se limitar a cerca de 20%, enquanto os carboidratos devem predominar em 50% da dieta diária do corredor, afirma a nutricionista. Além disso, o cuidado com a hidratação também deve receber uma atenção especial.
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